segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Hoje morreu a minha avó. Vinha numa auto-estrada qualquer quando me ligou a Isabel do numero do meu pai. Soube ali mesmo antes de ter atendido o telefone. Aliás soube antes. Quando a visitei da ultima vez que a vi. Já não guardava forças para nada a não ser aquele olhar de ternura e uma mão de pele macia que apertou a minha até que percebessemos os dois que diziamos adeus.
Sinto-lhe falta já.
Não chorei ainda.
Invadiu-me uma calma estranha.
Faço um esforço por sintetizar memórias, para lhe reduzir a vida toda ao nosso amor.
-Lembro, mais que tudo a tua meninice. A candura com que olhavas para a vida para que ela me fosse mais suave.
Não é fácil esta gestão da saudade.
Uma vida inteira a preparar-me para isto e agora parece só uma coisa longe.

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